12.09.2012

Gratidão


Venho bem atrasado escrever-vos sobre os últimos episódios dos acontecimentos nos nossos campi. Ao longo do mês de novembro algumas coisas aconteceram.

Logo no inicio do mês, tivemos mais uma edição do Veterano Também Ajuda Vestibulando, desta vez nos dias do ENEM (3 e 4/nov.). Foi um tempo muito especial onde, mais uma vez, mostramos nossa solidariedade ao abraçar possíveis futuros calouros de nossas universidades. É um tempo de mostrar pra eles que eles serão bem vindos em nossos campi.  E não há nada melhor do que começar ajudando antes de eles mesmo entrarem na universidade. Como veteranos, queremos de fato ajudá-los a trilhar este caminho que é tão árduo e do qual o vestibular é apenas um começo, uma porta. Com brindes e bate-papo pra quebrar o gelo, buscamos aliviar um pouco de suas tensões e também perguntávamos se estes desejariam que orássemos por eles, para que Deus os acalmasse e não deixasse falhar na mente deles a lembrança de tudo o que estudaram. A novidade nesta edição foi de que o evento tomou proporção nacional: cidades de alguns outros estados também tiveram a mobilização, além de outros cantos do nosso estado como Petrópolis. Ainda em dezembro, os estudantes do Rio puderam dar uma força aos vestibulandos da UERJ, os quais realizaram a 2ª etapa do processo seletivo para 2013. 
O evento repercutiu bem na mídia em algumas de suas edições e isto é algo legal, mas não o essencial. Sonho muito em poder um dia ver as pessoas comentando sobre um grupo de estudantes e funcionários na universidade que pensam e agem de uma forma diferente e que se importam com questões muitas vezes negligenciadas no meio acadêmico. Pessoas que se importam com pessoas, vidas que valorizam vidas, mentes e corações que pensam e sentem como Cristo.

Na UERJ, as reuniões semanais (Quebra-gelos) retornaram com força total no dia 12/11. Foi muito bom poder ver toda uma galera nova se reunindo conosco. Mudamos um pouco a dinâmica das reuniões, e agora temos com mais frequência reuniões de oração e evangelismo pessoal além dos bate-papos costumeiros. Como Alfa e Ômega UERJ conseguimos delinear uma visão para a nossa realidade UERJ. Nosso campus é bem diferente dos demais no Estado, e por este motivo sentimos necessidade de pensar em estratégias mais apropriadas para nosso contexto. Muitos dos cursos ficam no mesmo edifício, o Pav. João Lyra Filho. É um prédio vertical, de doze andares. É difícil ser específico para cada curso ou área e ao mesmo tempo exige-se muita flexibilidade para tornar a nossa proposta relevante em cada curso. Por isto, entendemos que uma boa estratégia é desenvolvermos o movimento em cada um de nossos andares, contagiando cristãos a caminharem conosco e juntamente com eles pensarmos em ideias de impactarmos espiritualmente a realidade de nossos institutos. De uma perspectiva macroscópica, sendo movimento em cada andar, o movimento como todo estará de forma dinâmica sendo relevante em cada canto da universidade. Neste ano temos visto diante de nós alguns desafios bem grandes. Um deles é a questão dos suicídios no campus. São muitos casos. Recentemente, nesta semana, ocorreu outro e isto é preocupante. Não podemos como movimento espiritual e cristão virar as costas pra esta realidade, mas precisamos pensar no que podemos fazer. De que forma podemos ajudar a universidade neste sentido? Somos um movimento que valoriza a vida, e quer vivê-la da forma mais proveitosa possível. Somos um movimento de pessoas que ama as pessoas e quer ajudá-las a vencer a frieza, a solidão e a dureza das demandas no meio acadêmico, que em alguns momentos esquece que somos seres humanos, super complexos.


Dezembro se iniciou há poucos dias e esta é praticamente a reta final dos preparativos para os Projetos de Verão 2013. Rumo à Itália, em meio a tantas novidades e suas implicações. Durante o mês de novembro estive muito focado para o processo seletivo de um programa de mestrado de Pesquisa em Ciência, Tecnologia e Ensino. Depois das duas etapas, com muita leitura de artigos e um final de semana trancafiado em casa, agradeço a Deus pela aprovação! Assim, inicio meus estudos em um novo campus, em fevereiro de 2013. Outras questões agora estão em pauta, como a questão financeira ano que vem,mas creio que Deus está no controle e peço seu direcionamento pois, não importa qual seja a situação, o tipo de escolha, oro a Ele para que me ajude a ponderar e ver qual é a melhor alternativa. Não se trata de ganhar mais dinheiro ou buscar me sentir estável crendo em minhas próprias capacidades. Trata-se de depender de Deus em todo tempo, sabendo que, com muito ou pouco, estou no centro da Sua vontade, glorificando-o seja qual for a forma.
Com relação ao sustento financeiro do Projeto, estamos quase lá! Consegui comprar as passagens aéreas de ida e volta pro Projeto Itália e agora estou para comprar o Seguro Viagem e levantar uma parte que falta para fechar os gastos que teremos lá. Graças a Deus tudo está correndo bem para a grande maioria do grupo e creio que todos nós estaremos embarcando juntos pra Itália dia 01 de janeiro de 2013. Com relação às aulas em minha universidade, meus professores me permitiram ficar ausente pelo mês de janeiro todo e isto é algo maravilhoso! Tenho muitas coisas pelas quais agradecer a Deus!


E já falando em agradecimento, anteontem tivemos nosso último Quebra-Gelo Metro, reunindo estudantes de diversas universidades do Estado. Foi um tempo dedicado a agradecimentos a Deus por tudo que Ele tem feito em nossas vidas. Um tempo marcado por oração, gratidão e expectativas. Sim, estamos à espera de grandes coisas para 2013 e para muitos anos a nossa frente!



E é nesta atmosfera que fechamos o ano como ministério estudantil. Estamos muito felizes com isto tudo, gratos por  este "novo" que Deus tem nos permitido saborear e viver. Ore por este movimento e que você seja inspirado a viver uma vida que muda realidades e gera Vida.

Ciao,

Sam

11.03.2012

De volta ao Velho Mundo – Projeto Itália 2013



Como alguns já sabem, em janeiro de 2013 acontecerão os Projetos de Verão do Movimento Estudantil Alfa e Ômega. Neste ano serão dois projetos: um nacional, em Belo Horizonte/MG e outro internacional, na Itália. E como vocês já devem estar supondo, sim, me inscrevi para o Projeto Itália 2013.
Quem já leu o post sobre o “Projeto Itália 2012, sabe como quão maravilhosa foi a experiência que eu e meus amigos tivemos no Velho Mundo. Uma experiência que marcou de forma única minha caminhada espiritual e pessoal. Desde que retornamos ao Brasil temos orado por uma oportunidade de retornar àquele país para continuar a colher os frutos do grande plantio que foi feito ali. Desejamos ardentemente fazer parte da continuação de algo que com certeza colaborou para que Jesus fosse visto de forma genuína por estudantes europeus. E eis que esta oportunidade chegou.
O que moveu meu coração a tomar esta decisão não foi meramente um sentimento, uma emoção. Foi algo mais racional, foi surpreendente. Pensei e fez muito sentido tomar esta decisão. Não haveria outro lugar, a meu ver, para estar. Analisei como foi a minha desenvoltura e minha adaptação à realidade local na experiência anterior e entendi que a melhor forma de eu investir meus talentos, dons, habilidades e esforços seria estando novamente lá, um lugar muitas vezes negligenciado por muitos quando se trata de missões. Em janeiro deste ano pude contemplar e sentir de perto a necessidade que os europeus têm de conhecer ao Deus verdadeiro e não o Deus religioso ao qual uma vez foram apresentados. Foi incrível a forma como eu e meus amigos pudemos nos conectar a eles, os quais eram tidos até então por nós como pessoas extremamente fechadas e, sobretudo, com certa repulsa ao Evangelho.

E agora, o que esperar de 2013? A ideia é retornarmos para continuar o trabalho iniciado neste ano – algo que eu nunca tive a oportunidade de fazer. Com aquilo que sabemos e temos aprendido na nossa jornada – e, é claro, com a capacitação e direção de Deus – buscaremos ajudar os estudantes cristãos que encontramos em Verona em sua caminhada quanto movimento espiritual e também iremos comunicar o Evangelho a outros estudantes europeus. Retornaremos também à Mantova, e, tendo agora certa experiência com a realidade dos campi locais, investiremos novamente nossas energias ali. Vivenciaremos também pela primeira vez a realidade espiritual em meio aos universitários de Padova.
Gostaria de pedir para que estivessem orando por isso e por outros motivos, que incluem os nossos preparativos para a ida neste projeto, como:

  • o sustento financeiro a ser levantado;
  • alguns impedimentos – alguns estudantes brasileiros, como eu, terão algumas complicações por causa das aulas de janeiro, devido à greve;
  • nossa caminhada com Deus – para que a fé inabalável seja o pilar dessa nossa empreitada;
  • pelos coordenadores do projeto (missionários Junior e Pricila);
  • pela vida de cada estudante da nossa equipe;
  • e pelos planejamentos que estão sendo feitos para nosso tempo lá na Itália.

Caso queria saber mais sobre o projeto ou sobre como ajudar em minha ida, sendo um intercessor e, se assim desejar, como investidor, acesse a minha Carta de Sustento.

Forte abbraccio,
Ciao!

Sam

10.15.2012

SETREL Caxias 2012


O SETREL – Seminário de Treinamento de Líderes e Evangelismo – foi um momento muito singular. Este foi o quarto SETREL do qual participo. Lembro-me ainda do meu primeiro SETREL como se fosse ontem. Em 2009, mesmo ano no qual conheci o Movimento Estudantil Alfa e Ômega e decidi me juntar a um grupo de estudantes que realmente se importa em levar o Evangelho, o amor e a graça de Cristo para os outros. E hoje, três anos depois, eu sinto novamente a mesma alegria, uma grande empolgação por fazer parte disto tudo e saber que continuo fazendo parte de uma geração que se dedica unicamente a fazer Deus sorrir.
Assim como havia dito na postagem sobre o Retiro AeO, o SETREL chegou com cheiro de novidade. Ficamos hospedados na Segunda Igreja Batista de Duque de Caxias. A semana estava bem ensolarada e quente, mas justamente no dia em que se iniciou o SETREL os céus insistiam em gotejar incessantemente. A chuva chegou trazendo consigo o frio. Mas esta dupla dinâmica não foi o suficiente para parar cerca de 134 jovens dispostos a serem capacitados, usados pelo Espírito Santo e assim espalharem a Mensagem do Filho de Deus.
Em menos de apenas 3 horas de uma tarde cinzenta, 375 pessoas foram abordadas nas ruas da Vila São Luiz. Dentre estas, 250 tiveram a oportunidade de ouvir sobre o Plano de Salvação e 74 pessoas tomaram a decisão de orar recebendo a Cristo como Senhor e Salvador. Tive uma experiência de abordagem muito tocante. Eu e minha dupla, uma estudante de Direito da UERJ, conversamos primeiramente com um senhor que era morador de rua. De inicio, nos assustamos, pois quando perguntamos “tudo bem?” ele nos recebeu com toda sua sinceridade de coração, bradando: “Não está tudo bem não! Não está nada bem! Eu estou aqui na rua, na chuva, com fome...”. Ficamos meio que sem palavras, mas eu sabia que precisava focar na necessidade dele naquele momento. Tentamos dar continuidade à conversa e ele foi falando um pouco de suas dores, do que se passava em sua vida. Até que em um certo ponto, quando questionei algo a respeito das pessoas com quem ele morava antes, ele se irritou muito e disse que não queria ficar respondendo perguntas, como que em um questionário. Fiquei atônito e ele foi caminhando pra longe de nós, caminhando e falando, e aí parando gradativamente ainda falando. Falava reclamando, sobre sua família. Ele começou a falar e foi como uma represa se abrindo e jorrando torrentes. Em um momento ele parou e disse algo que me fez entender que ele estava com muita fome, e aí fomos comprar algo pra ele numa lanchonete por perto. Voltamos caminhando e eu pedi desculpas por ter sido chato e eu disse que de fato é muito chato estar submetido a perguntas. Eu disse ainda que eu falava muito e que de fato isso podia ser perturbador, já que ele não era uma pessoa de muitas palavras. Mas ele até brincou falando que tinha uma amiga moradora de rua que falava tanto quanto eu. A este ponto, ele já falava dando risadas e isso foi bom. Mantivemos um diálogo por um tempo e pudemos ver o quão chateado ele era com as instituições religiosas, pois só paravam pra falar de Deus com ele, mas não ajudavam em nada. Vi que naquela situação, onde não expomos as Quatro Leis Espirituais, estávamos agindo de forma relevante. Não conseguiria nunca expor sobre o plano de salvação vendo ele ali, com fome, dor, frio. E foi bom poder mostrar que como cristãos esta deveria ser sempre nossa atitude. Sei que muitas vezes falho nisto, mas pude aprender mais uma vez que precisamos ter atitudes correspondentes às que Jesus teria e teve quando estava humanamente entre nós. Precisamos continuar permitindo com que Jesus aja na vida das pessoas através de nós. Precisamos ser os pés, as mãos, os braços, que vão, alcançam e abraçam.
      No dia seguinte infelizmente não tivemos evangelismos, pois chovia muito e ficamos impedidos de ir. Decidimos então ficar em oração e este tempo foi inesquecível. Estávamos então depois todos orando, em grupos, duplas, individualmente, e de joelhos, clamando ao Senhor por aquele dia, pela vontade dEle, pelas pessoas encontradas na tarde anterior e pela nossa vida depois deste feriado. Humildemente declaramos que Deus é o nosso consolo, nosso abrigo, nossa força e refúgio. Nele sempre confiaremos; com todo ser e com tudo que somos renderemos adoração a Ele e vamos louvar todos os dias as maravilhas de Seu grande amor.
            Muitas outras coisas legais poderiam ser citadas aqui. Muitas histórias de evangelismos poderiam ser narradas e certamente tocariam cada um que as lesse. As aulas ministradas pelos missionários foram maravilhosas e discutimos muitas coisas, inclusive sobre questões do nosso mundo pós-moderno como homossexualidade, agnosticismo, ateísmo, a prática de evangelismo e os métodos etc.
            

      Fiquei muito feliz ao ver uma quantidade imensa de novos envolvidos com o Alfa e Ômega. Estava lendo há pouco os comentários de alguns deles no Facebook e fico transbordante de alegria ao saber que eles simplesmente tiveram o melhor fim de semana de suas vidas. Oro pra que eles permaneçam, pois foi pra isso que Jesus nos chamou: permanecer nEle, focar no Seu coração e gerar vida, fruto. Que sejamos um grupo de estudantes comprometidos e frutíferos. Que venhamos investir nossas vidas e nossas energias em outras vidas. E mais uma vez, eu, não tenho um tom, não tenho palavras ou um acorde para simplesmente agradecer ao Senhor por tudo que fez, faz e fará.

Sam

9.16.2012

Veterano também ajuda Vestibulando - Vestibular UERJ 2013


Sabemos o quão árdua é a fase do vestibular e quão alto é o nível de cobrança ao qual os estudantes vestibulandos ficam submetidos. É intenso, é tenso. A sociedade te cobra. A família e os amigos te cobram. A sua escola e os professores te cobram. Não importa quão pesado seja este fardo; não haverá alívio. Quem se importa?
Neste domingo, 16 de setembro, alguns dos nossos amigos saíram - pela 2ª vez no ano - para mais uma aventura. Mesmo sendo poucos, dividiram-se em pequenos grupos e foram até alguns pontos de aplicação das provas do Vestibular UERJ 2013. Pode parecer um pouco louco, mas, eles simplesmente se importaram com a vida de estudantes que sequer conhecem, que sequer são universitários e que estavam totalmente vidrados e tensos por causa de um dos momentos mais frenéticos da vida de qualquer jovem hoje em dia.
Estudantes da UERJ e UFRJ interagindo com vestibulandos no 2º Exame de Qualificação  - UERJ
Com cartazes e muita disposição, estes estudantes tiveram a oportunidade de conversar com alguns vestibulandos, ajudando-os a se tranqüilizarem um pouco. Foram desejos de “boa prova”, sorrisos, orações. Deus sabe a diferença que isto fez na vida destes vestibulandos. E meu coração transborda de alegria simplesmente pelo fato de estes universitários terem agido como um movimento espiritual. Eles simplesmente enxergaram estrategicamente algo que certamente – assim penso eu – deve ter feito Deus sorrir.
Infelizmente, não pude estar presente, mas isto foi algo que me comoveu muito. No fim do dia da prova do vestibular, comunicaram-me a respeito de uma publicação que saiu no site do jornal Extra. E quando eu vi, quem estava lá? Sim, eram eles, os universitários que foram orar com os vestibulandos da UERJ. Isto foi impressionante! Significou muito para mim, me deu um animo. E pensando bem, é isto que devemos fazer. Não importa a quantidade de pessoas que estarão compartilhando da mesma visão que você. Às vezes, não serão muitos os que se dispõe a colocar as mãos na massa, a percorrer a estrada. Sejam elas muitas ou muito poucas, o que importa é cumprir a vontade do Pai. O que importa é investir sua vida em vidas, fazer frutificar, gerar vida genuína. É permitir que cada fôlego dado seja pra glorificar Àquele que nos amou, nos ama, e para sempre nos amará. É revelar um Cristo desmistificado, um Cristo vivo, tangível, real, amor. E esta é a revolução da qual eu quero fazer parte. Não sonho com grandes eventos, com coisas grandes, nomes grandes. 
Galera atuando com os vestibulandos no 1º Exame de Qualificação - UERJ.
Não quero viver de palavras ou transformar minha fé num mero discurso ou numa filosofia de vida radical e alternativa. Eu sonho com coisas profundas e que apesar da pequenez causem efeito eterno, real, por dentro e por fora. E entendo que isto só vai acontecer se minha vida estiver em função de outras vidas. Ver esta reportagem me deu esperança. É isto: vale à pena. Não estou feliz porque é uma publicação falando sobre o Alfa e Ômega e o que ele fez ali na UERJ naquele dia, mas sim porque vejo que a coisa é assim e Deus tem atuado de toda e qualquer forma. Ele deseja que cada um de nós seja um movimento espiritual, revolucionário de vidas. Cada um atuando em seu contexto em prol de transformação, por mais árdua que seja, por mais abnegado que isto exija que sejam os nossos corações. 
Eu quero fazer parte disto e doar minha existência para isto.

Você pode conferir a publicação clicando AQUI

Sam

9.12.2012

Help PUC-RJ


Em tempos de greve nas universidades, estudantes saíram do seu conforto e foram parar na zona sul do Rio de Janeiro, mais precisamente na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-RJ. Entre os dias 27 e 31 de agosto estudantes da PUC puderam ouvir um pouco sobre o amor de Deus e o desejo que Ele tem de se relacionar também com eles. Para mim, esta foi uma experiência muito boa, e confesso que foi quase uma imersão cultural! Lembrei-me muito dos tempos vividos no Projeto Itália 2012, nas universidades em Verona e Mantova. 

O contexto socioeconômico me fazia lembrar um pouco dos estudantes europeus. A estratégia que usamos foi bem semelhante a qual fizemos uso na Itália. Usamos o bom e velho MySoularim. Com aquelas fotografias conseguimos conhecer um pouco da realidade dos estudantes da PUC e apresentar Jesus Cristo de uma forma mais tangível. São muitas as perspectivas que eles têm a respeito da vida espiritual e muitas delas estão totalmente distantes do que entendemos por relacionamento com Deus. Fico feliz pela prontidão de cada um dos estudantes que estiveram ali, dispostos a compartilhar Cristo sem se deixar intimidar pelas diferenças socioeconômicas, na compreensão gloriosa de que o Evangelho é para todos e Deus é quem abre os corações para dar o entendimento e aceitação da Sua graça.

Como já de costume, hehe, tive conversas bem loucas. Conversei com pessoas de áreas bem diversas, tanto de Humanas quanto de Exatas. Toda e qualquer conversa espiritual que podemos ter com as pessoas é importante, da mais breve a mais longa, das mais simples a mais dinâmica. Senti-me muito a vontade conversando com cada estudante. É sempre muito bom ver Deus nos surpreendendo, tornando tão simples tudo que na nossa mente parecia ser tão complicado.


Foi uma semana muito intensa e que valeu muito à pena. Oro pra que esta iniciativa de compartilhar Cristo esteja sempre nos nossos corações e que esta empatia, este sentimento de cooperação entre os estudantes cristãos de diversos campi permaneça, pois vivemos, existimos e nos movemos nEle e para que Ele seja glorificado em cada universidade.




Sam

8.27.2012

Dia do Estudante

Do dia 11 de julho ao dia 11 de agosto realizamos uma campanha de oração em comemoração ao dia do Estudante, que no Brasil é datado no dia 11 de agosto. Foi um tempo muito especial. Nosso intuito era convidar pessoas, estudantes ou não, para juntarem-se a nós em uma jornada de oração em prol do meio universitário e da sociedade. Olhando para nossas universidades, vemos que existem muitas coisas incompatíveis com o caráter de Deus. Há uma forte onde de subversão de valores e filosofias que pregam o relativismo, o hedonismo e o ceticismo. Deus tem sido esquecido e negado, sendo vítima de um processo de mistificação densamente difundido na cultura dos campi. Fala-se mal de um Deus que não se conhece de verdade, enquanto o que realmente desejam expressar é sua insatisfação com a religião e a instituições. E neste ritmo desenfreado vemos nossas universidades impregnadas de coisas que não condizem com a vontade inicial de Deus para Sua criação, para o ser humano. Além desta problemática espiritual, as dificuldades estruturais do campus e as necessidades dos estudantes não passam por despercebidas. E o que podemos fazer como um movimento espiritual em meio a essa realidade?

Acreditamos que o primeiro passo é ORAR. A oração é um ato de rebeldia contra o status quo. Quando olhamos a nossa volta e nos deparamos com todas estas coisas, nosso coração deve se rebelar, pois são coisas que não estão de acordo com o caráter e com o ideal de Deus.  Ao orarmos, assumimos que aquela realidade é deficiente e que Deus tem poder para mudá-la e torná-la da maneira que Ele deseja. Caso contrário, quando não oramos, estamos simplesmente nos conformando com aquela realidade, sem perspectiva alguma de mudança ou de crença em que Deus pode agir para transformar aquele ambiente. Eu e meus amigos estudantes escolhemos orar e assim o fizemos durante um mês. Oramos por que de fato, não nos conformamos e desejamos ver os valores e os princípios do Reino sendo construídos em nossos campi. Queremos viver o Reino nas Universidades, fazendo delas um lugar onde a cultura local seja influenciada pelos princípios de Jesus e onde as pessoas estejam abertas para entender quem Ele é.

Ao longo desse tempo de 1 mês, oramos por muitas coisas. A cada dia havia um pedido de oração e todos se mobilizavam orando aonde quer que estivessem. Algumas pessoas postavam diariamente suas orações escritas em grupos no Facebook. Usamos as redes sociais para publicar os motivos de oração e publicações que inspirassem as pessoas a orar e a compreender a dificuldade que nós enfrentamos em nossas universidades. Para finalizar nossa campanha, realizamos um grande encontro na Igreja Batista da Esperança, no Centro do Rio. 


Nossa programação contou com uma sala de oração, onde as pessoas podiam orar antes do evento, além de stands que continham materiais sobre o Alfa e Ômega e literaturas. No templo da igreja tivemos um tempo muito especial de louvor com músicas, oração e a ministração de uma mensagem do missionário Gilberlei Oliveira, que é diretor nacional do Movimento Estudantil Alfa e Ômega.

Ainda neste mesmo dia iniciamos um relógio de oração que fechou no dia seguinte, dia 11 de agosto, que é oficialmente o dia do estudante no país. 

Este período de oração foi essencial para nossa caminhada quanto movimento espiritual. E agora, com corações inconformados, apaixonados e zelosos pela Obra de Deus, pedimos a Ele que venhamos a dar passos cada vez mais práticos em prol deste objetivo: ver o Reino aqui, entre nós, e Jesus Cristo, nosso redentor, cada vez mais tangível para os que estão a nossa volta, e que assim estes desejem relacionar-se com Ele a partir do relacionamento que nós temos com eles.






Sam

7.23.2012

"Não se conforme, ORE!" - Dia do Estudante

Uma grande jornada já se iniciou. Estamos promovendo durante um mês (de 11 de julho a 11 de agosto) uma campanha de oração pelos estudantes universitários. Sabemos que realidade enfrentada no campus é bem problemática, em diversos pontos de vista. Vemos que existem muitas necessidades em nossos campi e entendemos que mudanças são necessárias nesta realidade. No entanto, como dar o primeiro passo para que estas mudanças aconteçam?

Quanto cristãos, sabemos que a ORAÇÃO deve preceder qualquer atitude. Isto está exposto em diversas partes da Bíblia, sobretudo na vida de Jesus aqui. Quando oramos estamos dizendo que não estamos aceitando a realidade que vemos. Quando oramos estamos nos posicionando de forma contrária ao status quo ante nossos olhos. Quando oramos estamos protestando, rebelando-nos de toda forma contra o que o dizem ser "normal". A oração é a expressão do nosso inconformismo e o reconhecimento de que somente Deus pode solucionar aquilo que pensamos ser irreversível, impossível. Nosso intuito com esta campanha é reunir cristãos de diversos cantos para intercederem pela realidade dos estudantes universitários.


Acreditamos que ao orarmos, como uma expressão de rebeldia ao status quo, somos também levados a dar passos práticos em direção à construção de uma realidade onde os valores e princípios do Reino estejam em nosso meio.

Nossa campanha já começou! Estudantes, igrejas, pequenos grupos, cristãos de diversos cantos estão orando diariamente por essa causa. Na internet há grupos onde estudantes escrevem suas orações diariamente. Temos algumas ferramentas virtuais onde publicamos motivos de oração diários e postagens que nos levam à reflexão e nos incentivam a orar.
Convidamos você a estar também juntamente conosco nesta jornada. Não se conforme, ORE! Para ficar por dentro da campanha, FIQUE ATENTO:



Visite nosso site: http://www.diadoestudante.com.br/ e saiba mais sobre a campanha; lá você também poderá ler nossos textos e obter videos e imagens de divulgação da campanha.
Você pode ainda curtir nossa página no Facebook e seguir-nos no Twitter, para receber informações e pedidos de oração diários.

Contamos com suas orações =D 
#DiadoEstudante

Sam

7.16.2012

Movimento em Movimento



Reunião de Oração no Fundão (CCS / UFRJ)
Faz um tempo que não posto aqui algo sobre nossa jornada. Pois bem, venho então quebrar o hiato e preencher essa lacuna com algumas das novas que vivenciamos em nossos campi nesse tempo pós-Retiro. É de conhecimento de muitos que quase todas as universidades federais estão em greve. Minha universidade, apesar de ser estadual, passa pela mesma situação, porém por motivos diferentes. Grande parte dos estudantes do Movimento Estudantil Alfa e Ômega estão sem aulas, por conta do que já foi comentado. Por um lado, tem sido bom, pois temos aproveitado este tempo em que estamos em off para nos reunirmos nos campi, estreitando nosso laços de amizade e comunhão. 


Quebra-gelo na FND (UFRJ)
Durante esse mês tivemos reuniões nas quais pudemos discutir um pouco sobre nosso papel como movimento espiritual e incentivar os novos estudantes do nosso grupo. Reunimo-nos muitas vezes para orar e isso tem sido maravilhoso. Nosso entusiasmo é tanto que temos visitado campi que são até mesmo distantes ou onde nunca fomos. Foi bom sentir na pele um pouco da realidade de cada campus e, sentido-me parte deles, orar para que Deus transforme realidades em cada centro ou instituto, em cada faculdade e a vida de cada estudante. Fico feliz de ver como Deus tem levantado pessoas que verdadeiramente seguem a Cristo e as tornado conhecidas dos estudantes que ainda não se  relacionam com Cristo. É maravilhoso ver um movimento espiritual em movimento apesar de toda letargia que um clima de greve tende trazer ao universo acadêmico. A greve nos tem servido como um tempo produtivo no qual nossas forças têm se renovado nEle e a nossa visão tornado-se mais nítida a cada dia. Oro pra que toda essa atmosfera envolvente e energética de agora resulte em coisas maravilhosas quando as greves cessarem e os campos brancos voltarem às nossas vistas. Que o vigor e a disposição não se extingam. Que a oração seja incessante em nossas bocas como sinal de protesto e de não aceitação do que contemplamos a nossa volta e sabemos que está em desacordo com a natureza do que Deus nos chamou a ser.
Piquenique do AeO UFF

Peço para que orem pelo período em que retornarmos as aulas, pois é certo de termo aulas em tempos de férias e isto muda os planejamentos da equipe de missionários para os Projetos de Verão 2013. Ore para que não seja um tempo prejudicado, mas que Deus nos dê sabedoria para saber o que fazer e quando Deus deseja fazer ou está por fazer sua obra.



Sam

6.14.2012

Retiro Alfa e Ômega Rio 2012


No feriado de 7 a 10 de junho, universitários de algumas universidades do Rio de Janeiro vivenciaram um clima de comunhão, crescimento e descontração. O Retiro do Movimento Estudantil Alfa e Ômega foi um grande marco em nossa linha do tempo. Partidas de UNO, altas conversas, rodinhas de voz e violão, amizades, chuva,  frio e muita animação fizeram destes meus quatro dias uns dos mais marcantes do meu ano. Um momento inesquecível, com certeza. Juntos, estudantes e missionários separaram esses dias para discutir a situação da nossa rotina quanto movimento espiritual cristão em nossas universidades e assim então pensar sobre novas idéias e estratégias relevantes para que o nosso objetivo se cumpra em meio aos universitários de nosso Estado.


Foi fantástico ouvir um pouco do que acontece em cada campus. Pude sentir através das palavras de meus amigos um pouco do grau de dificuldade que eles enfrentam. Dificuldades tão grandes quanto aos que enfrento com meus amigos na UERJ. Analisando a situação na qual nos encontramos quanto movimento espiritual, entendemos que Deus quer nos usar para que grandes coisas aconteçam através de nós, para que o Seu Nome seja glorificado. Cristo é o centro, o Seu amor é o que nos move e o Seu propósito é o nosso também. Desejamos ver mudanças em nossas universidades e pra isso precisamos nos levantar. Deus colocou recursos em nossas mãos e é extremamente urgente que venhamos usá-los. Estamos em um lugar estratégico, de onde pessoas influentes emergirão e atuarão a alguns anos em nossa sociedade. Existe algo além dos livros, das filosofias e dos diplomas que todo universitário precisa, e nós devemos compartilhar com eles.

Passei por uma experiência muito legal ao mediar alguns grupos de discussão. Conversando com estudantes da UERJ, UFF, UFRJ (CT, Reitoria, Praia Vermelha, FND e CCS) e UGF, abordei como tema o nosso escopo, o nosso objetivo quanto movimento espiritual na universidade. Assim como um pescador, precisamos realizar a pesca em nossas universidades, compartilhando o amor de Cristo com aqueles que não conhecemos. Precisamos ser ousados nessa pesca, porém, muitas vezes nos sentimos impedidos pelas circunstâncias: as autoridades em nossas universidades, os recursos, as poucas pessoas envolvidas etc. No entanto, estas coisas não podem impedir que façamos a obra. Fomos chamados para isso e quem nos capacita é o próprio Deus. Unicamente dEle devemos depender, unicamente dEle vem tudo o que precisamos. O nosso objetivo é alcançar pessoas de forma com que elas tenham pelo menos a oportunidade de terem escutado a respeito do Cristo e sua graça redentora.  Precisamos compartilhar também com os que conhecemos, investindo nos relacionamentos, investindo nossa vida útil por inteiro nas vidas que nos cercam.
Foi bom poder ouvir o que os estudantes têm pensado em fazer em seus campi. Senti-me muito inspirado e refleti muito sobre a situação em minha Universidade. Pensei em algumas estratégias novas, senti-me estimulado a dar alguns passos. É hora de algo novo acontecer e essa é a minha expectativa para as universidades do Rio ainda neste ano.

Algo que me marcou muito foi a presença de muitos estudantes novos. Fiquei muito feliz quando cheguei ao local e vi aquela quantidade toda de novos universitários se inserindo no contexto do nosso Movimento. Isso me encheu de ânimo, e de esperança. A cada dia via cada um deles num processo de assimilação de seus papéis quanto cristãos universitários e o quão importante eles são para que mudanças ocorram em seus meios de estudo. Tudo que realmente desejava ao me conectar com eles era simplesmente transmitir a eles o meu apoio, dizer que eles podem contar comigo para o que precisarem e que estou pronto para auxiliá-los em suas jornadas no ministério. É bem interessante olhar para mim hoje e me ver diferente, ver-me com prontidão para ajudá-los, unindo-me a eles e compartilhando um pouco do que tenho aprendido com o crescimento que Deus me tem proporcionado. Foi muito divertido estar com esses estudantes e aprender coisas novas com eles. Foi bom criar novos vínculos. Através de tudo o que aconteceu nesses dias, Deus tem me inspirado com a perspectiva do NOVO. Muita coisa já aconteceu desde janeiro, estudantes novos apareceram, coisas mudaram, perspectivas tornaram-se mais claras.
Para mim, o Retiro AeO foi apenas o início de algo grande, bom e novo que Deus quer realizar no nosso Estado. Estudantes se levantando para ser referência de juventude em todo Rio de Janeiro, refletindo o caráter, os princípios, a vida, o amor e a alegria de Cristo, portador da vida abundante e merecedor de toda glória neste Universo.



E eu só quero agradecer, Deus; eu quero agradecer Você por estar me dado os melhores dias da minha vida.




Sam

5.17.2012

Fazendo Discípulos


O mês de maio começou há pouco. As rotinas de provas e trabalhos já começaram e o clima no campus começa a ficar um pouco mais tenso. É normal os estudantes comparecerem em menor número às reuniões. Quando os encontramos pelo campus e comentamos que sentimos falta deles no último quebra-gelo a resposta é sempre esta: precisei estudar para as provas da semana. No meu caso, passei uns dias estudando para uma prova e me dedicando mais intensamente para as atividades do estágio nessas semanas. Isso me tirou um pouco do tempo que costumo gastar nas atividades do ministério com os estudantes no campus.

Como já comentei, sou um cara muito relacionador. Gosto de estar com as pessoas, de caminhar com elas, conhecê-las. Por isso, uma das coisas mais legais do meu ministério pessoal é o discipulado. Como eu amo isso! Lembro-me de quando comecei a discipular os meus atuais discípulos. Sentia-me muito despreparado e percebia que em meu relacionamento com eles não era havia tanta proximidade como eu desejava. Eu fui aprendendo com o tempo, com a convivência. Aprendi que discipular é investir sua vida em pessoas. É amá-las, querer bem, ajudá-las a caminhar, andar lado a lado. É ser amigo sim, ouvir, compartilhar, direcionar, aprender. Hoje eu consigo enxergar todo esse amadurecimento em mim e o crescimento que a eles foi proporcionado. Foi algo mútuo, crescemos juntos. Hoje eu me sinto muito feliz ao ver que cada um destes discípulos tem progredido em suas caminhadas espirituais e em suas vidas ministeriais. Eles têm crescido. Eu vejo os frutos. E o mais fantástico de tudo é ver esses frutos querendo gerar novas árvores, das quais frutos também brotarão com o tempo.
Discipular alguém é algo que me dá prazer, simplesmente pelo fato de estar ajudando alguém em sua caminhada com Cristo e estar contribuindo para que um dia ela também possa ter essa mesma visão de multiplicação espiritual. É algo que também muito me edifica. A cada dia vou crescendo, e me conhecendo mais. 
De uns tempos para cá, comecei a me perguntar e ser incomodado com a seguinte questão: como posso fazer isso na minha realidade ministerial fora da Universidade? Segui orando e a cada dia ia me encantando com a ideia de iniciar um discipulado na minha igreja local.
Há pouco tempo, um garoto começou a ir na igreja em que congrego. Ele é novo por lá, não tendo vivido ainda também o momento da conversão. Pensei a respeito dele e senti no meu coração de começar a conversar com ele a respeito de assuntos espirituais, dando a ele a oportunidade então de conhecer a Jesus Cristo e caminhar com Ele. Há duas semanas conversei com ele, e ele gostou muito da ideia de termos estudos, conversarmos sobre assuntos espirituais e ajudá-lo a tirar as dúvidas que povoam a sua mente. Ele de fato ficou muito feliz com esse convite que eu o fiz. Fiquei encantado, maravilhado. O interesse dele em fazer parte daquilo tudo que eu estava sonhando em meu coração semanas antes foi algo incrível! Desta forma, semana passada nós já começamos nosso primeiro encontro, no qual fizemos um estudo investigativo que fala sobre Jesus e iniciamos uma amizade.

Estou muito feliz com isto tudo. O discipulado tem sido algo que me traz muita satisfação ao ver vidas sendo transformadas, edificadas. Estar caminhando com uma pessoa nova na fé, ajudando-a a crescer em sua jornada de fé, a conhecer Jesus e a se relacionar com Ele é algo com o qual eu sempre sonhei. Outra alegria é ver os meus antigos discípulos iniciando então seus discipulados com novos estudantes que conheceram nosso grupo recentemente. É engraçado como se consegue enxergar o potencial que eles têm isso nos estimula ainda mais a vê-los sendo capacitados para um dia estarem liderando e fazendo novos discípulos.

Vim compartilhar hoje a respeito de discipulado justamente também por ter sido tema de nossa última reunião mensal, o Quebra-Gelo Metro. Nesse grande encontro, estudantes de diversas universidades do Estado do Rio de Janeiro se unem em louvor a Deus, em oração e em comunhão. Fomos maravilhosamente ministrados acerca do discipulado através de uma missionária do ministério Brasil Musica e Missão (BMM). Depois daquela reunião, eu me senti mais empolgado ainda a perseverar nessa caminhada de discipulado, ajudando na formação destes meus amigos. Como a missionária disse, baseando-se na passagem de João 15, como ramos, nós devemos gastar toda nossa energia para frutificar. Toda nossa vida útil é para frutificar, assim como Jesus fez. Andar como Ele andou, falar como Ele andou, comportar-se como Ele. Ele não apenas deu a vida, mas Ele é a vida. 

Sam

4.15.2012

PÁSCOA: você está fazendo isso ERRADO!

Entre os dias 2 e 13 de abril estudantes do Movimento Estudantil Alfa e Ômega das universidades do Rio de Janeiro realizaram uma Mobilização evangelística em seus campi: o MOBILIZE-SE. A idéia era utilizar a temática da PÁSCOA como uma forma estratégica de expor os estudantes à história de Jesus Cristo e seu Plano de Salvação. Foi uma experiência muito boa ouvir o que os nossos colegas no campus realmente pensam sobre esse feriado. Muitas pessoas o comemoram, ou pelo menos se lembram dele, porém, poucos realmente entendem o porquê desta data. Para os cristãos, essa data é um marco, pois nos remete ao sacrifício de Jesus Cristo para que a humanidade pudesse então desfrutar de um relacionamento perfeito com Deus – motivo pelo qual fomos criados – e da vida abundante a nós oferecida. Como ferramenta, usamos panfletos e cartazes iguais ao da imagem abaixo. 
Ouvi algumas pessoas – até um professor – falando que viram o cartaz e gostaram muito da idéia. Por quê não fazer os estudantes pensarem sobre isso? A Páscoa não é apenas um feriado para se estar juntamente com família em um maravilhoso almoço de domingo ou para se empanturrar de chocolate. Claro, você pode até fazer estas duas coisas, mas, existe algo muito maior e mais relevante por trás disso tudo. É imprescindível saber isso e tê-lo em mente.
Num dos dias de nossa mobilização, estava com um amigo meu e saímos para conversar com estudantes. Encontramos duas meninas. Após nos apresentarmos, mostramos a elas o nosso panfleto e perguntamos o que elas pensavam a respeito daquela imagem. Uma delas disse que já havia sido apresentada àquele panfleto, através de uma missionária em nosso campus. A outra menina pegou a imagem e começou a analisá-la. Enquanto ela olhava pra foto, a outra menina nos expôs uma dúvida que tinha: “será que eu posso dar chocolate para um amigo cristão?”. Disse eu: “se eu fosse esse amigo, gostaria muito que você me desse o chocolate!”. Ao longo da conversa, pude esclarecer que, o problema não está em comer o chocolate e nem é culpa do pobre do coelho – e sim, o que está errado na foto é esse coelho crucificado; outra Pessoa deveria estar no lugar do bichinho. Muitas vezes mudamos o foco das coisas, e, infelizmente, nossa sociedade tem tirado a figura de Jesus Cristo do centro dessa data e de tudo, diga-se de passagem. A Páscoa significa a ressurreição de Cristo, o túmulo vazio, a nova vida que Ele nos garantiu ao morrer na cruz. Logo, se você sabe que este é o verdadeiro sentido da coisa e, crê, além de viver essa verdade, fique tranquilo. Não há coisa melhor do que comer chocolate tendo plena compreensão do total e real sentido da coisa. Enfim, ao término da conversa, a outra menina que olhava o cartaz disse que era cristã e nos ajudou a esclarecer melhor à sua colega o que de fato deveríamos celebrar nessa data. É uma data simbólica, mas, que deveria servir para que cada pessoa de nossa geração conheça a história e o amor de Jesus Cristo, autor do feito mais importante de todos os séculos.

Fico feliz por ter visto os novos estudantes de nosso grupo com tanto entusiasmo e alegria ao compartilhar dessa boa nova no campus. É um desafio muito grande, pois, chegaram há pouco tempo e muitos acabam ficando receosos ou se sentido inseguros. Mas,
posso sentir a paixão deles por Deus e seu anseio de ver a minha universidade como um espaço onde Ele esteja, e onde pessoas sejam influenciadas por esse estilo de vida e amor.

Ore para que cada estudante tenha uma visão para o campus; que possamos ter em nossos corações a visão de uma realidade transformada, de um momento novo, onde cada pessoa possa ser impactada e sentir-se convidada a viver um estilo de vida diferente ao ser inspirada e influenciada pela forma como nós agimos, falamos e convivemos com elas no campus.



Sam

3.26.2012

E os Quebra-gelos estão de volta!


Na semana passada retornamos com as nossas reuniões semanais no campus, chamadas “Quebra-gelo”. A idéia é promover um momento para quebrar o gelo da rotina universitária que, como todos nós sabemos, é bem rigorosa. É um espaço para conversarmos a respeito de assuntos concernentes à nossa rotina estudantil, à dinâmica do nosso campus, perspectivas de futuro, sociedade e o mundo. Um ambiente descontraído, com estudantes pensantes, papos maneiros e altas risadas. 
Atualmente, nos reunimos nas segundas-feiras (às 17:00) e nas quintas-feiras (às 12:30). Nosso primeiro encontro, na última segunda-feira, foi bem divertido, e a maioria dos estudantes presentes eram calouros. Alguns deles nós já conhecíamos virtualmente, pelo Facebook, em nosso grupo. Foi um prazer vê-los pessoalmente e conhecer os demais que apareceram pela primeira vez.
Na quinta-feira, tivemos outro encontro, que costuma ter uma maior participação de estudantes do turno da manhã. Foi tão divertida quanto à reunião de segunda-feira. Calouros apareceram e mostraram-se muito interessados pelo grupo.

É sempre muito importante ressaltar que o nosso grupo não se resume apenas às reuniões semanais. Gostamos muito de frisar que a palavra que talvez melhor defina nosso grupo é RELACIONAMENTO. Praticamente tudo que fazemos baseia-se em relacionamentos. É partindo disso que fortalecemos nossa amizade e assim crescemos pessoal e espiritualmente. Essa é também a melhor forma de compartilhar eficazmente o amor de Deus com os estudantes no campus: estabelecendo vínculos verdadeiros com eles. E tenho tido experiências maravilhosas! Era exatamente através dos relacionamentos que Jesus expressava seu amor pelas pessoas e lhes falava Palavras de Vida. Ele simplesmente se importava com elas e atentava para suas necessidades e aflições. Nosso ideal é basear nosso ministério no próprio ministério de Jesus.
Ainda na quinta-feira fomos ao prédio da Faculdade de Enfermagem. Lá abordamos o grupo de calouros desse semestre, e falamos sobre o Movimento Estudantil Alfa e Ômega no nosso campus. O mais legal é que muitos deles se mostraram interessados em saber mais sobre o grupo e conhecer mais sobre Deus. Graças a Deus estamos avançando pelo nosso campus!

Deus tem sido maravilhoso conosco em nossas experiências no campus. Estudantes do movimento estão cada vez mais empolgados em conversar sobre Deus com outros estudantes da Universidade. Tenho me surpreendido a cada dia ao ouvi-los falando de suas experiências de evangelismo durante a semana no campus. Fantástico! Deus tem tocado o coração deles de uma forma muito especial, e o compartilhar do Evangelho tem se tornado um estilo de vida, de uma forma bem natural e apaixonada.

Em breve estarei falando de mais novidades sobre o que anda acontecendo no campus.

¡Hasta pronto!

Sam

3.21.2012

Bem-vindo, Calouro!

No dia 22 de fevereiro, voltamos oficialmente às nossas atividades no campus. Não pude estar com a galera naquela terça-feira, mas, escutei muitas coisas maneiras sobre o que aconteceu ali.
Enfrentamos um sério problema no nosso campus: agendar eventos. Isso por quê é bem complicado reservar alguns espaços físicos e ter acesso aos equipamentos necessários. Naquela terça-feira, nossos amigos conseguiram ter permissão para divulgar informações sobre o nosso movimento no hall principal do campus, um lugar bem difícil de conseguirmos para esse fim. Para o nosso grupo, foi algo inacreditável, pois já tentamos fazer isso outras vezes e nos deparamos com grandes dificuldades. Alguns estudantes do Movimento de outros campi vieram nos ajudar a falar sobre o movimento e recepcionar os calouros desse semestre. Nossa estratégia consistia em identificar os calouros – tarefa nada difícil, hehe – aproximar-nos deles, dar as boas-vindas, os parabéns e convidá-los a tirar uma fotografia do Gênio da Família (é um painel de papel com um retrato de Einstein, mas com um buraco no espaço onde ficaria o rosto dele, para que assim os estudantes tirassem suas fotos personalizadas). Usamos também um painel com o retrato do personagem Chapolim também. Depois pegávamos os e-mails e o contato do Facebook, para que então pudéssemos enviar a foto tirada. Dessa forma, cada calouro poderia ter uma recordação diferente e bem divertida de seus primeiros momentos na universidade. No primeiro dia, muitos estudantes aceitaram tirar a foto e assim pudemos pegar seus contatos para envio das fotos e de futuras informações sobre os trabalhos do nosso grupo.


No segundo dia eu estive presente, e encontramos menos estudantes, talvez por ser o último dia para as inscrições dos calouros nas disciplinas a serem cursadas no semestre. No entanto, foi um momento muito bom; pudemos conversar com eles, explicar sobre o nosso Movimento e tirar as divertidas fotos do Gênio da Família. Não tivemos problemas quanto ao hall, o usamos livremente para fazer nossa recepção, graças a Deus! Não foi sequer necessário falar com algum departamento, pois eles já haviam nos permitido fazer nosso trabalho. Uau! Antes de nossa atividade começar, ficamos alguns minutos orando por isso, e creio que Deus nos respondeu de uma maneira inexplicável. 
Bem, tudo que tenho a dizer é que nosso ano no campus começou de uma maneira muito positiva. Estou muito feliz com o modo com que Deus tem aumentado esse desejo dentro de cada estudante de nosso movimento local. Seus corações estão imensamente desejosos em espalhar o amor de Deus. Eles têm me surpreendido dia após dia com novas e criativas idéias, além de estratégias desafiadoras. Estou muito certo de que eles tiveram um momento muito bom no Projeto Foz do Iguaçu, em janeiro, assim como também tive na Itália.


Agora precisamos nos preparar para a volta as aulas e para as fazer as coisas que planejamos para divulgar o nosso movimento aos novos estudantes. Orem por nós! Grandes coisas estão por vir #nóscremos!

Sam

Projeto de Verão 2012: Itália

Ciao amici!

Hoje vim falar um pouco do que vivi durante esse último mês de janeiro. Todos sabemos que a parte essencial do nosso ministério é compartilhar o Evangelho, falar sobre a alegria de um relacionamento pessoal com Deus que está disponível para todos aqueles que o desejam. É uma tarefa crucial que temos quando nos tornamos cristãos, seguidores de Cristo. Cada seguidor de Jesus deve assimilar isto e assim  sentir uma verdadeira paixão em fazer com que outros também ouçam e compreendam o amor de Deus. E foi exatamente por isso que eu e outros estudantes brasileiros fomos à Itália dia 3 de janeiro.

 Itália: como tudo começou 

Desde o começo eu sabia que não ia ser nada fácil. As pessoas geralmente pensam em coisas muito atraentes quando  se fala sobre a Europa. Ouso dizer que a maioria das pessoas sequer têm idéia de como seja a realidade espiritual na Europa. Estamos muito acostumados a ver missionários saindo de seus países para ajudar a obra missionária nos continentes africano e asiático ou em qualquer outra terra longínqua e pobre ao redor do mundo. Porém, se você fala que está indo para Europa, tudo soa muito diferente. Senti isso muito na pele durante os meses que antecederam a viagem. A Europa é berço da cultura ocidental, da ciência e é um continente muito importante economicamente. Há um grande abismo entre a realidade de lá e a do meu país. Até metade do ano passado eu não dava muita atenção para a Europa. Sempre me pareceu ser um lugar bonito, com pessoas educadas e bem vestidas vivendo em boa situação. No entanto, de repente, eu comecei a pensar sobre isso, e a Europa começou a entrar na minha cabeça. Sempre curti muito a língua inglesa. Seria muito legal conhecer um país europeu onde as pessoas falam inglês, a língua que mais amo e na qual me esforço dia a dia para aperfeiçoar minha fluência. E foi aí que uma faísca de curiosidade pela Inglaterra começou a crescer no meu coração. 
Ano passado, em Junho, tivemos um Congresso Estudantil em Salvador/BA, e Deus tocou profundamente meu coração. Comecei a pensar muito sobre a Europa nessa época. Orei pelo povo europeu. Refleti sobre a situação espiritual daquela terra  e orei por muito por isso. No último dia do Congresso eu fiquei surpreso: foram anunciados os locais nos quais aconteceriam os Projetos de Verão e, um desses locais seria na Europa. É aí então onde a Itália começa a dar as caras na minha vida e se mostra então como um dos maiores desafios que já encarei. Passei quatro meses me preparando, levantando sustento financeiro e orando. Foi um momento difícil para todos nós que fomos. Oramos para que Deus nos levasse a corações devotados à Sua obra, pessoas apaixonadas pela visão do Evangelho sendo espalhado por todo o Mundo. Graças a Deus essas pessoas apareceram em nossas vidas! Em todo tempo eu estava ciente das possíveis dificuldades que estava prestes a enfrentar: o tempo frio – já que havia me tornado um amante dos dias extremamente quente de verão –, a comunicação – pois estou acostumado em falar em inglês, e lá para mim seria quase inútil a língua inglesa, além do fato do meu italiano ser bem fraco –, a frieza das pessoas e a resistência ao Evangelho. No entanto, eu também sempre soube que Deus iria prover com tudo.

 A experiência no campus: Verona e Mantova 

Ficamos em uma cidade chamada Mantova, ao norte da Itália. Fomos muito bem recebidos pelos irmãos e irmãs da igreja local, a Chiesa Cristiana Evangélica Battista di Mantova. Aquelas pessoas tão queridas nos ofereceram suas casas para cada um de nós ficarmos. Nosso grupo foi liderado por quatro missionários brasileiros; dois deles são da Cruzada Estudantil e Profissional para Cristo e os outros dois – um casal – são missionários voluntários de tempo integral e trabalham em conjunto com a Igreja Batista de Mantova. No nosso primeiro dia tivemos um treinamento transcultural para nos adaptarmos à cultura local e às pessoas. Fomos ao centro da cidade para conhecer Mantova. É uma bela cidade histórica, com palácios, igrejas, construções e muita arte. Tivemos o prazer de conhecer os missionários do Agape Italia, em Bologna. Aprendemos muito com eles no nosso encontro na Università degli Studi di Bologna, a universidade mais antiga do mundo ocidental. Juntos nós fizemos uma caminhada de oração pelo campus em Bologna.
Nosso trabalho evangelístico começou na Università degli Studi di Verona. A princípio, havíamos planejado ficar apenas uma semana por lá. No nosso primeiro dia, fizemos uma caminhada de oração e reconhecemos o campos, analisando como é a rotina estudantil e o local em si. Pude encontrar alguns estudantes e conversar um pouco com eles. Foram nossos primeiros contatos no campus. 
Nossa maior preocupação era como nós conseguiríamos nos conectar aos estudantes. Deveria ser uma conexão muito bem feita para que assim abríssemos espaço para iniciar conversas espirituais e caminhar ao lado deles. Isso aconteceu comigo de uma forma bem louca no primeiro dia, quando eu e meu amigo começamos a falar sobre o Brasil com alguns estudantes e mostramos algumas fotos bem legais do pôr-do-sol no Arpoador. Uma das experiências mais especiais que tive foi no segundo dia, quando eu e mais dois amigos evangelizamos um estudante equatoriano e falamos em três idiomas: eu falava inglês, enquanto um deles falava em espanhol e o outro em italiano. Foi incrível ver um estudante abrindo sua mente para pensar mais a respeito de Deus, do propósito da existência e da eternidade! Dia pós dia Deus ia colocando novos estudantes no nosso caminho. Eram em sua maioria colegas dos estudantes os quais já havíamos conhecido nos primeiros dias de nossa jornada em Verona. As conversas surgiam após usarmos uma ferramenta muito criativa e fenomenal chamada MySoularium. É um conjunto de 50 fotografias, que deveriam ser usadas pelos estudantes para responder algumas perguntas que nós fazíamos a eles. As fotos são bem subjetivas, e assim os estudantes podem interpretá-las da maneira que quiserem. Foi uma ótima aposta, pois como podemos perceber, os estudantes eram fissurados por materiais visuais – vimos centenas de papeis e cartazes presos nos murais por todo o campus.
Jovens de diversas nações do mundo puderam nos ouvir, falar abertamente conosco e ser incitados a pensar mais Deus, e em alguns casos, pela primeira vez em suas vidas. Além de italianos, pudemos encontrar, pelo menos, estudantes ingleses, equatorianos, marroquinos, nigerianos, alemães e russos. Muitos desses estudantes nunca tiveram oportunidade de falar sobre espiritualidade e alguns deles julgam que isso é até algo muito importante. Um deles me falou que isso não é algo sobre o qual eles conseguiriam conversar com seus colegas ou amigos e, se eles o fizessem, provavelmente acabariam brigando. As pessoas nunca parecem ser muito amigáveis quando estão falando de coisas espirituais... Mas talvez nós tenhamos feito toda diferença! Glória a Deus!
Ao longo dos dias no campus, nós encontramos estudantes cristãos e isso foi fantástico! Nossos corações ficaram muito alegres! Deus estava fazendo muito mais do que nós esperávamos de início. Estudantes estavam se abrindo facilmente para nos ouvir, e pudemos manter contato com eles o tempo todo, almoçando com eles no restaurante universitário, mandando mensagens de texto (SMS), conversando no Facebook, pelo celular etc. Até mesmo estudantes de outras crenças religiosas pararam para conversar conosco e fazer uso do MySoularium.
Após uma semana de trabalho em Verona, visitamos dos campi em Mantova: o Politecnico di Milano e a Università di Mantova. A atmosfera era bem diferente de Verona e daí percebemos que não seriam necessárias muitas pessoas pro trabalho ali, já que haviam bem poucos estudantes. A infraestrutura dos prédios era bem diferente da Università di Verona. Eram menores, com poucas áreas abertas e a rotina estudantil era mais pesada, tempo integral, além das provas que eles estavam tendo naquele mês, assim como os estudantes de Verona. Diante do sucesso que havia sido nosso trabalho em Verona, decidimos dividir nossa equipe em dois grupos: um que ficaria trabalhando em Mantova e outro em Verona. Eu continuei trabalhando em Verona.
Fiquei praticamente as três últimas semanas trabalhando em Verona, aproveitando a oportunidade de evangelizar outros novos estudantes e tendo a oportunidade discipular um dos estudantes cristãos que conhecemos. Esta foi, à propósito, a maior experiência que tive ali. Eu e um outro colega de equipe nos encontramos com esse estudante durante uns 5 dias e juntos, pudemos conversar sobre os passos básicos da real fé cristã, evangelizar, criar uma amizade entre nós e compreender mais a importância de compartilhar a nossa fé com nossos colegas. Graças a Deus, o estudante curtiu muito aquele momento e sentiu-se encorajado a fazer aquilo entre seus amigos. Outro estudante cristão foi acompanhado por outra pessoa de nossa equipe e ele sentiu fortemente a necessidade de começar algo no campus juntamente com outros estudantes cristãos. Isso é incrível! Sim, podemos ver que Deus está movendo!
No dia 25 de janeiro, tivemos uma grande surpresa: ficamos sabendo que um terremoto havia ocorrido em Verona. Decidimos não ir à Verona naquele dia e sendo assim, trabalhamos juntos com a equipe de Mantova. Ficamos na Università di Mantova, onde pudemos ter uma maravilhosa experiência de evangelismo. Eu e uma amiga – que se formou em Italiano – conversamos com um casal de estudantes. Foi ótimo, pois foi a primeira vez que tive uma conversa mais complexa em italiano no campus! Lembro-me que durante nossos primeiros dias na Itália eu fiquei muito triste porque não sabia falar com as pessoas na língua local. Senti-me preso, sem chão, algo travava a minha língua. Orei por aquilo dia após dia e então Deus me surpreendeu ao permitir-me falar em italiano com aqueles estudantes! Nossa!
Enfrentei alguns momentos difíceis também, quando tentei conversar com estudantes da Alemanha e Rússia, porém, eles pararam para nos ouvir  e foram até gentis. Além do terremoto, outro problema foi no dia em que houve uma greve dos ferroviários, e aí tivemos que ir em número reduzido e de carro.

 Voltando ao Brasil: muito trabalho pela frente 

Nossos últimos dias no campus mexeram muito comigo. Não conseguia me ver indo embora dali, dizendo “adeus” aos estudantes sem saber se um dia eu retornaria. Estava muito apegado a eles... Minha rotina fazia me sentir como se estivesse em casa; estava muito bem adaptado àquela realidade. Era prazeroso ajudar aqueles estudantes a entenderem mais sobre o amor de Deus, pensar sobre suas perspectivas de vida e etc. Depois de tirarmos algumas fotos e palavras de adeus, pegamos o ônibus e nunca mais voltamos a ver Verona. Passamos alguns dias em Ortisei, aproveitando a neve e as montanhas geladas, recuperando assim nossas energias para então voltarmos ao Brasil. Admito que foi um mês muito intenso. Todos nós tivemos que enfrentar o frio, esperar pelo trem, correr contra o tempo, controlar nossos recursos financeiros e nos revestir de uma porção de roupas quentes. E eu faria tudo de novo se pudesse.
Agradeço a Deus por me permitir ajudar a Grande Comissão (Mateus 28:18-20) trabalhando com aqueles estudantes na Itália. De fato, me apaixonei pela vida de cada estudante. Eles representam muito para mim e desejo muito o melhor para cada um deles. O melhor de tudo nessa vida é ter um relacionamento com Jesus Cristo, com toda certeza.
E hoje, eis-me aqui escrevendo essas linhas, relembrando-me daqueles dias maravilhosos na Itália. Sinto falta de tudo que vivi ali! Contudo, meu coração deve se focar na realidade daqui. Eu tenho meu campus. Eu vejo estudantes brasileiros sedentos por respostas e em busca de um norte para suas vidas. Voltei pra casa com meu coração inclinado a fazer o que for necessário para glorificar o nome do Senhor no meu campus. Anseio ver uma geração influenciada por pessoas que verdadeiramente seguem a Deus. “I don’t wanna see another generation drop” (Chris Martin, do Coldplay). Creio que Deus pode fazer o mesmo que ele fez na Itália e até mesmo muito mais. Vivemos num país “livre”, onde o Evangelho pode ser proclamado. Sendo assim, que tal nos esforçarem mais no compartilhar da nossa fé no nosso campus? Por quê não investir mais no lugar onde estamos todos os dias? É isso que desejo e estou certo de que Ele deseja isso mais do que eu mesmo.

Arrivederci,

Sam