2.08.2014

Indigitous Panamá: conectando pessoas


Como sempre, venho bem atrasado escrever no blog. É que os últimos meses forma bem intensos e eu vou tentar compartilhar um pouco do que aconteceu. Em novembro tive a oportunidade de participar de uma conferência latino-americana do Indigitous. Pra quem não conhece, o Indigitous é um movimento apaixonado por conectar pessoas à Jesus usando estratégias digitais. A ideia é pensar em formas de alcançar, discipular e enviar cristãos como anunciadores do Evangelho tal que assim possamos ajudar no cumprimento da grande comissão, tudo isso usando mídias digitais. A conferência aconteceu na Cidade do Panamá, entre os dias 20 e 24 de novembro de 2013. Juntamente comigo, foram os missionários Alberto e Lucas, ambos do Movimento Estudantil Alfa e Ômega. Durante estes dias eu aprendi muito e me fascinei muito com tudo que ouvi e vi. Pra minha surpresa, a maioria dos presentes eram jovens universitários. Gente de todo canto estava lá: Argentina, Chile, Panamá, Colombia, Mexico, Guatemala, Curaçau... Além dos latino-americanos, os norte-americanos também marcaram presença. Esta coisa toda de usar as mídias digitais, as redes socaiais, a arte, enfim, para fazer parte do trabalho de Deus no mundo me encanta. Atualmente costumo usar meus blogs e minhas contas nas redes sociais pra esse fim, mas desejo expandir mais o meu leque de ferramentas e aprender a usar um pouco de design gráfico e vídeo futuramente. 

Algo que entendi já nos primeiros momentos da conferência é que Indigitous não se trata mera e simplesmente de ferramentas digitais. Trata-se de fazer discípulos. A mensagem do missionário Layo Leiva, no devocional do primeiro dia girou em torno disto. Marilyn Adamson também falou sobre isto. Começamos com Deus e não com uma ferramenta. Como compartilhado também posteriormente, o desafio real diz respeito às pessoas e não às tecnologias. A mensagem de Jesus a nos não diz respeito as ferramenta. Nós fazemos uma coisa: nós fazemos discípulos.

Mario Bloise, da Argentina, nos fez refletir a respeito de que o mais importante de tudo é o nosso caminhar com Deus. O motivo pelo qual estávamos ali no Panamá era servir a Deus. Deus tem preparado boas obras para nós (1 Coríntios 3:5-9) e não há outra forma de conhecê-las a não ser estreitando nosso relacionamento com Deus, vivendo uma vida de companheirismo com Ele. É assim que conhecemos sua vontade: conhecendo-o em profundidade. Concordando com Bloise, eu também me alegro por ter a oportunidade de servir atualmente a Deus em um movimento que é um veículo para alcançar o mundo.


Uma palavra marcante foi a Judy Douglass. Ela investe em encorajar obreiros em seus ministérios, pois eles precisam de ter alguém ao seu lado. Segundo Douglass, é necessário agir de forma intencional. Para tal, é necessário saber qual é o seu público alvo e o que deseja falar para eles. Em meu caso, creio que meu público alvo é formado por estudantes não cristão e cristão. Aos cristãos, desejo encorajá-los a caminharem com Deus e entender que estão na universidade para fazer algo que está além de simplesmente viver como um universitário, mas sim sendo verdadeiros cristãos que influenciam a vida das pessoas e fazem discípulos. Já quanto aos não cristãos, invisto no relacionamento com eles, e meu desejo é que também através deste relacionamento eu possa ajudá-los a pensar acerca assuntos sobre os quais nunca tiveram oportunidade de pensar, como por exemplo, a possibilidade de se relacionarem pessoalmente com Deus.
A partir da minha experiência no Indigitous, reafirmei a visão que havia desenvolvido acerca da realidade virtual. Não existe uma dicotomia entre realidade e mundo virtual: o que se tem é uma realidade híbrida. O mundo digital está dentro do mundo físico, tal como as pessoas do mundo físico são agora habitantes do espaço digital. Não existem duplas identidades: o que se é no mundo virtual é reflexo do que se é aqui no físico, e vice-versa. Esta é a tendência atual. Se o mundo secular consegue unir o real com o virtual, o que nós podemos fazer então? Hoje percebo ser essencial minha presença neste universo digital. Precisamos estar ali. É onde as pessoas estão, onde o mundo está, sendo bombardeado de tantas coisas absurdas, sem a oportunidade de serem alcançadas. Precisamos habitar essa realidade e agirmos de forma estratégica. É possível ganhar, edificar e enviar pessoas ali, assim como o fazemos aqui fora. A possibilidade de alcançar pessoas na rede é imensa. Pessoas de diversos contextos socioculturais em todo o mundo. Na internet, as pessoas estão muito mais a vontade, abertas, sem resistências a serem expostas, diferentemente do que acontece muitas vezes no mundo físico. Ali ela pode explorar o mundo livremente, escolhendo o que quiser, opinando sobre o que quiser, expressando-se reservas. É possível também desenvolver relacionamentos profundos na internet, não se deixando levar pela superficialidade que permeia esse universo. É possível se conectar com outras pessoas de uma forma que marque a vida delas. É possível desenvolver relacionamentos construídos no cotidiano através da internet. 
Sou grato a Deus por ter participado do Indigitous e vivido mais uma grande experiência nessa minha jornada. E agora o desafio só aumenta. Que Ele me conduza nessa aventura de usar as ferramentas digitais para que o Seu nome ecoe pelos corações espalhados pela web e pelo mundo. Em breve venho falar sobre o Projeto missionário do qual participei em janeiro de 2014, em Juiz de Fora.